Entenda porque a Escola precisa estar alinhada com a equipe terapêutica

Mesmo que a criança tenha um Assistente Terapêutico(AT) o tempo na escola não inviabiliza a ida do especialista até este espaço, pois este irá auxiliar no processo de orientação da equipe escolar e nos manejos com esta criança.

A escola é um ambiente riquíssimo de estimulação, tanto de materiais sensoriais, pedagógicos e lúdicos , quanto também de socialização.

No consultório, por vezes, busca-se simular situações reais e em conjunto com a criança, mas é na escola que ela irá conviver com diversos pares da mesma idade e se deparar com as mais diversas situações.

A importância do alinhamento desta equipe terapêutica, que acompanha a criança e a escola, está centrada ao fato de que esperamos que esta criança com atrasos no desenvolvimento, receba os mesmo estímulos do que os pares e que com as terapias extras, possamos potencializar, fazendo com que este desenvolvimento acelere ao ponto que um dia se iguale ao das outras crianças.

Usando a melodia como forma de vínculo

A melodia como forma de vínculo, mais conhecida como Leitmotif, teve seu início na música clássica com o compositor alemão Richard Wagner, que associava as melodias aos personagens que compunham o seu elenco.

Muitas áreas utilizam esta técnica, para uma maior fixação do que querem passar ao público.

Mas, qual a relação disto com sujeitos no Espectro autista?
Utilizar este recurso audiovisual, para associar situações do seu dia a dia com uma melodia que já é familiar para o sujeito, facilita a fixação da aprendizagem.

No vídeo, um registro de uma de nossas formações, com o nosso musicoterapeuta Roberto, estamos utilizando uma melodia que é de conhecimento da maioria e associando a rimas aleatórias, mas poderíamos também utilizar para organizar uma rotina.

Um cuidado importante é não infantilizar o momento, utilizando melodias de músicas infantis para adolescentes, por exemplo, pois mesmo sujeitos do espectro ele tem suas preferências e é necessário respeitar.

Seletividade Alimentar

Muitas famílias nos procuram para saber mais sobre este assunto, com questionamentos como:

Meu filho não quer comer
Não gosta de determinado alimento
Se recusa comer alimentos com cores, sabores ou texturas particulares
Tem pouco apetite
Enjoos diante de novos alimentos

Geralmente a seletividade alimentar surge em crianças maiores de 2 anos. É importante identificar a fase que ela aparece para começar cedo um processo de resolução, para que tudo passe da maneira mais tranquila possível.
Para melhorar esse momento de refeição e deixar tudo mais tranquilo, o ideal é inserir a criança na cozinha.

Deixe ela participar da preparação, explique sobre os alimentos, escolha uma receita atrativa e se possível nutritiva, incentive que ela prove diferentes alimentos e proporcione um momento de diversão.

Autismo e educação

A pessoa com transtorno do espectro autista é considerada pessoa com deficiência, para todos os efeitos legais.”

Lei 12.764 de 27/12/2012
O sujeito no espectro autista tem direito de estudar em escolas regulares, tanto na Educação Básica quanto no Ensino Profissionalizante, e, se preciso, pode solicitar um acompanhante especializado.

Negar este direito É CRIME DE DISCRIMINAÇÃO!
O Art. 28, III da Lei 13.146/15 determina que a escola regular deve se adaptar ao aluno no TEA. A lei exige que seja criado um projeto pedagógico para o atendimento educacional especializado, que atenda às necessidades e características individuais dos alunos, visando que o aluno autista tenha acesso ao currículo escolar em condições de igualdade.

O aluno no TEA deve participar de todas as atividades escolares, ou seja, dos jogos, atividades esportivas e recreativas, uma vez que a educação não se limita à sala de aula. (Art. 28, XV da Lei 13.146/15).

No sistema educacional inclusivo, participam todos: o aluno, a escola, os professores e a família

Para que a inclusão ocorra é preciso mais do que a aprovação de uma lei.

É muito importante que sejam respeitados os limites da criança.

Neste momento em que muitas famílias buscam matricular seus filhos em uma escola regular é importante se atentar a seus direitos, que são assegurados em LEI.

Entendendo alguns transtornos relacionados a aprendizagem

Discalculia – Transtorno específico de aprendizagem com prejuízo no domínio da matemática
Dispraxia – Transtorno do desenvolvimento infantil caracterizado por dificuldades motoras – Dificuldade para planejar e coordenar os movimentos do corpo.
Dislexia – dificuldade para ler
Disfasia – Transtorno da linguagem oral – Dificuldade para falar ou usar palavras corretamente.
Disortografia – Transtorno de ortografia – caracterizada por uma dificuldade no nível da palavra, na organização de frases, do texto ou em todos esses.
Disgrafia – transtorno específico de aprendizagem que prejudica a expressão escrita e as habilidades motoras finas, provocado por um distúrbio neurológico associado à dificuldade para redigir letras e palavras.

Terminamos um ano letivo a pouco tempo e outro já se aproxima e os prejuízos na aprendizagem podem ir além de um simples ano atípico, podem estar vinculados a algum destes transtornos, já pensou nisso?

Agende uma consulta e ajude seu filho a superar suas dificuldades e amenizar suas sequelas.

Principais mudanças da CID 11 -Transtorno do Espectro Autista

Entrou em vigor, a partir de 01 de janeiro de 2022, a unificação do TEA (Transtorno do Espectro Autista) na CID-11 permitindo assim um diagnóstico e tratamento mais assertivos, especialmente se pensarmos na importância da intervenção precoce.

Mas o que é CID?

A sigla significa – Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde é a base para identificar tendências e estatísticas de saúde em todo o mundo e contém cerca de 55 mil códigos únicos para lesões, doenças e causas de morte. O documento fornece uma linguagem comum que permite aos profissionais de saúde compartilhar informações de saúde em nível global.

Quem revisa as CID’s?

A revisão para a classificação de doenças é feita a partir de novos dados e pedidos de revisões coletados pela Organização Mundial de Saúde – OMS
Com a revisão da CID 11 o TEA Transtorno do Espectro Autista foi incluído, conforme recomenda o Manual de Diagnósticos e Estatísticos dos Transtornos Mentais o DSM-5.

Autismo na CID-11:

6A02 – Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)
6A02.0 – Transtorno do Espectro do Autismo sem deficiência intelectual (DI) e com comprometimento leve ou ausente da linguagem funcional;
6A02.1 – Transtorno do Espectro do Autismo com deficiência intelectual (DI) e com comprometimento leve ou ausente da linguagem funcional;
6A02.2 – Transtorno do Espectro do Autismo sem deficiência intelectual (DI) e com linguagem funcional prejudicada;
6A02.3 – Transtorno do Espectro do Autismo com deficiência intelectual (DI) e com linguagem funcional prejudicada;
6A02.4 – Transtorno do Espectro do Autismo sem deficiência intelectual (DI) e com ausência de linguagem funcional;
6A02.5 – Transtorno do Espectro do Autismo com deficiência intelectual (DI) e com ausência de linguagem funcional;
6A02.Y – Outro Transtorno do Espectro do Autismo especificado;
6A02.Z – Transtorno do Espectro do Autismo, não especificado.

Foram unificados e classificados como Transtorno do Espectro Autista e identificados pelo código 6A02, as subdivisões passam a estar relacionadas com a presença ou não de deficiência intelectual e/ou comprometimento da linguagem funcional.

Referência: https://neuroconecta.com.br/oms-lanca-nova-cid-transtorno-do-espectro-autista-integra-as-alteracoes/

6 Dicas de como estimular a fala com bebês

Converse bastante com o bebê.

Mantenha um ambiente com estímulos adequados, por meio de brincadeiras e exemplos. Os bebês aprendem através da observação e imitação.

Narre as atividades cotidianas. Um exemplo é a hora do banho, que pode ser acompanhada pela apresentação das partes do corpo.

Conte histórias e crie músicas para auxiliar, lembrando que quanto mais novas, menor é o tempo de concentração. Então não se estenda muito.

Mantenha contato visual com o bebê nos momentos em que estiver conversando e cantando para ele, pois ele também vai aprender com suas expressões faciais.

Atenção especial para alimentação, é importante apresentar diversas consistências e texturas, respeitando cada fase de sua evolução, para também estimular a musculatura, que é muito importante neste processo.

Quais destas dicas você realiza com seu filho?

Nova lei prevê assistência integral a aluno com transtorno de aprendizagem, como dislexia e TDAH

Segundo a norma, as necessidades do aluno serão atendidas pelos profissionais da rede de ensino em parceria com profissionais da rede de saúde

O presidente Jair Bolsonaro sancionou a lei que obriga o poder público a oferecer um programa de diagnóstico e tratamento precoce aos alunos da educação básica com dislexia, Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) ou qualquer outro transtorno de aprendizagem. Não houve vetos.

A Lei 14.254/21 foi publicada no dia 01 de dezembro de 2021, no Diário Oficial da União. A norma tem origem no Projeto de Lei 7081/10, do ex-senador Gerson Camata (ES), já falecido, aprovado pela Câmara dos Deputados em 2018.

A norma estabelece que as escolas da rede pública e privada devem garantir acompanhamento específico, direcionado à dificuldade e da forma mais precoce possível, aos estudantes com dislexia, TDAH ou outro transtorno de aprendizagem que apresentam instabilidade na atenção ou alterações no desenvolvimento da leitura e da escrita.

As necessidades do aluno serão atendidas pelos profissionais da rede de ensino em parceria com profissionais da rede de saúde. Caso haja necessidade de intervenção terapêutica, esta deverá ser realizada em serviço de saúde, com metas de acompanhamento por equipe multidisciplinar.

A lei determina ainda que os sistemas de ensino devem capacitar os professores da educação básica para identificação precoce dos sinais relacionados aos transtornos de aprendizagem ou ao TDAH.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Unimed terá de custear tratamento fora de rede credenciada

No último dia 23 de novembro de 2021,  veio a decisão que se deu diante da indisponibilidade de profissionais especializados na ciência ABA, indicada à criança.


Diante da não comprovação de disponibilidade de profissionais especializados na ciência ABA, plano de saúde Unimed terá de custear tratamento médico a criança com autismo em clínica escolhida por seus representantes. Assim decidiu a 6ª câmara de Direito Privado do TJ/SP.


Em 1º grau, foi concedida liminar pleiteada pela criança, ficando determinado à empresa o custeio da realização de tratamento da autora em clínica por ela já frequentada, que atende aos requisitos para fornecer o tratamento médico indicado, qual seja, pela ciência ABA.

Inconformado, o plano de saúde alegou que não é obrigado a custear o tratamento em clínica não credenciada, e que os profissionais indicados são qualificados.

Inicialmente o relator, desembargador Alexandre Marcondes, deferiu parcial efeito suspensivo, determinando que o tratamento com psicopedagoga/psicoterapeuta deveria ser realizado em clínica credenciada. As autoras interpuseram agravo interno e contraminuta.

Ao analisar os pedidos, o magistrado observou que, de fato, o direito do beneficiário se restringe à prestação de serviço pela rede credenciada, salvo se o tratamento não conta com profissionais ou estabelecimentos adequados – o que considerou ser o caso julgado.

No caso dos autos, após iniciado o tratamento em determinada clínica vinculada ao plano, esta foi descredenciada, buscando a menor manter a cobertura nesta clínica. O magistrado destacou que, embora seja lícito o descredenciamento, a substituição deve ser realizada por estabelecimentos equivalentes. Como os novos profissionais indicados não são especializados na ciência ABA, deve a operadora de saúde realizar a cobertura na clínica não credenciada.

“Tratando-se de tratamento que envolve método multidisciplinar especializado, é necessário que todos os profissionais envolvidos possuam a mesma especialidade e atuem de forma conjunta.”

Negou, assim, provimento ao recurso da operadora de saúde.

Mas, após sustentação oral realizada pela advogada Luiza Monteiro Lucena,  evoluiu seu voto e concluiu que as clínicas credenciadas não eram aptas ao tratamento do menor.

Fonte: Migalhas Quentes
https://www-migalhas-com-br.cdn.ampproject.org/v/s/www.migalhas.com.br/amp/quentes/355340/autismo-unimed-tera-de-custear-tratamento-fora-da-rede-credenciada

Quais os benefícios da piscina de bolinhas nas terapias

Parece uma simples brincadeira, mas é um recurso terapêutico muito utilizado na terapia de integração sensorial, estimula o sistema proprioceptivo, tátil e visual, promove diferentes sensações e informações que serão processadas e integradas no cérebro.

Desde o simples fato de subir os degraus para entrar na piscina, requer equilíbrio e atenção, assim como um exercício cerebral de planejamento prévio.

Você utiliza este recurso, ou quer saber mais, comente aqui!
1 2 3

Search

+
WhatsApp chat