Principais mudanças da CID 11 -Transtorno do Espectro Autista

Entrou em vigor, a partir de 01 de janeiro de 2022, a unificação do TEA (Transtorno do Espectro Autista) na CID-11 permitindo assim um diagnóstico e tratamento mais assertivos, especialmente se pensarmos na importância da intervenção precoce.

Mas o que é CID?

A sigla significa – Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde é a base para identificar tendências e estatísticas de saúde em todo o mundo e contém cerca de 55 mil códigos únicos para lesões, doenças e causas de morte. O documento fornece uma linguagem comum que permite aos profissionais de saúde compartilhar informações de saúde em nível global.

Quem revisa as CID’s?

A revisão para a classificação de doenças é feita a partir de novos dados e pedidos de revisões coletados pela Organização Mundial de Saúde – OMS
Com a revisão da CID 11 o TEA Transtorno do Espectro Autista foi incluído, conforme recomenda o Manual de Diagnósticos e Estatísticos dos Transtornos Mentais o DSM-5.

Autismo na CID-11:

6A02 – Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)
6A02.0 – Transtorno do Espectro do Autismo sem deficiência intelectual (DI) e com comprometimento leve ou ausente da linguagem funcional;
6A02.1 – Transtorno do Espectro do Autismo com deficiência intelectual (DI) e com comprometimento leve ou ausente da linguagem funcional;
6A02.2 – Transtorno do Espectro do Autismo sem deficiência intelectual (DI) e com linguagem funcional prejudicada;
6A02.3 – Transtorno do Espectro do Autismo com deficiência intelectual (DI) e com linguagem funcional prejudicada;
6A02.4 – Transtorno do Espectro do Autismo sem deficiência intelectual (DI) e com ausência de linguagem funcional;
6A02.5 – Transtorno do Espectro do Autismo com deficiência intelectual (DI) e com ausência de linguagem funcional;
6A02.Y – Outro Transtorno do Espectro do Autismo especificado;
6A02.Z – Transtorno do Espectro do Autismo, não especificado.

Foram unificados e classificados como Transtorno do Espectro Autista e identificados pelo código 6A02, as subdivisões passam a estar relacionadas com a presença ou não de deficiência intelectual e/ou comprometimento da linguagem funcional.

Referência: https://neuroconecta.com.br/oms-lanca-nova-cid-transtorno-do-espectro-autista-integra-as-alteracoes/

Consulta pública da Conitec gera polêmica com eletroconvulsoterapia para autistas

A Secretaria-Executiva da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) esclarece que na proposta de atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) do Comportamento Agressivo no Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) não há a recomendação para o uso da eletroconvulsoterapia (ECT) e estimulação magnética transcraniana (EMT). Trata-se de um documento preliminar demandado para avaliação da Conitec, instância responsável pelas recomendações sobre a constituição ou alteração de PCDT, além dos assuntos relativos à incorporação, exclusão ou alteração das tecnologias no âmbito do SUS. Cabe destacar que a consulta pública é uma importante etapa de revisão externa dos PCDT e as contribuições da sociedade serão consideradas para elaboração da proposta final do texto.

Conforme consta no Relatório de Recomendação disponível em Consulta Pública (p.25), “Não há recomendação para o uso dessas alternativas (ECT e EMT) em nenhuma das diretrizes clínicas internacionais consultadas. É importante ressaltar que a evidência é ainda muito incipiente e que essas opções são reservadas a casos graves e devem ser avaliadas por uma equipe especializada, não sendo recomendadas por este Protocolo”.

A proposta de texto pode ser acessada aqui.

O processo de avaliação de tecnologias em saúde compreende etapas como a elaboração de relatórios sobre aspectos clínicos, epidemiológicos e de diagnóstico da condição clínica avaliada; a busca por evidências científicas; análises de risco; avaliações econômicas e de impacto orçamentário; avaliação das tecnologias em outros países, além da análise qualitativa e quantitativa das contribuições encaminhadas por meio da consulta pública para serem discutidas no Plenário da Conitec, com vistas à deliberação final.

Fonte:http://conitec.gov.br/nota-de-esclarecimento-sobre-proposta-de-atualizacao-do-pcdt-do-comportamento-agressivo-no-transtorno-do-espectro-do-autismo-tea-em-consulta-publica

5 Marcos do Desenvolvimento Social

Respeite o tempo da criança, mas observe os marcos do desenvolvimento social.

3 meses – Sorri, mostra prazer em interagir
6 meses – começa a rir, joga jogos simples, segura objetos, demonstra vontade de interagir com os pais e pessoas ao redor
1 ano – emoções passam ser demonstradas, como a chamada e ansiedade na separação dos pais ou cuidador. Também passam a compreender determinados objetos como sendo “seus” (sentimento de posse).
2 anos – Imitam comportamentos dos adultos, demonstram frustração, orgulho, carinho e outras emoções.
3 anos – compreendem o gênero, interagem com outras crianças

Fonte: Marcos de desenvolvimento – conteúdo adaptado de “Autism Developmental Stages”

É importante lembrar que cada ser é único e assim o desenvolvimento vai se dá de uma forma diferente para cada, mas existem marcos importantes que precisamos estar atentos.

Lançamento da carteira para pessoas com Austismo

Nesse mês de Junho, mais precisamente no dia 18/06, a FADERS (Fundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas Públicas para PcD e PcAH no Rio Grande do Sul) lançou a Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro do Autismo (Ciptea).

O documento vem com grande importância na vida das pessoas autistas e suas famílias, já que o Transtorno do Espectro Autista não é algo vísivel assim como a Síndrome de Down. Sendo assim, a carteira vem com o intúito de ajudar autistas a reivindicarem seus direitos.

A carteira também servirá para que associações, estado e municípios consigam ter dados da população com autismo para cobrar ou planejar políticas públicas para o grupo.

Abaixo o relato de uma mãe em uma entrevista ao site G1:
“As pessoas olham pra nós, olham pros nossos filhos, que não têm uma deficiência visível, e ficam nos questionando. Então, ter essa carteira vai nos dar essa questão da prioridade pela lei, né. Vai facilitar porque nós vamos mostrar a carteira”, destaca a presidente da Associação de Autistas, Amigos, Pais e Mães de Pelotas, Eliane Bitencourt.

De acordo com o presidente da FADERS, Marquinho Lang, o documento atende aos requisitos da Lei Federal 13.977/2020, conhecida como Lei Romeo Mion (em referência ao filho do apresentador Marcos Mion), e traz algumas inovações. “A Ciptea gaúcha terá um QR Code, em que será possível obter mais dados sobre a Pessoa com TEA além daqueles em que estão no documento físico, inclusive, tendo a geolocalização do endereço residencial”.

O presidente ainda menciona: “Fazendo a leitura vai levar pra página da Fadergs e a página vai ter todos os outros dados que não tem aqui, inclusive com o médico que atende”.

Para emissão do documento, basta preencher o formulário online clicando aqui.

Para pessoas que não têm acesso a internet, recomenda-se a busca por entidades como as Associações para Pessoas com TEA e as APAES.

A diretora-técnica da FADERS, Ana Flávia Beckel Rigueira, ressalta que a implantação do documento ajudará na definição de políticas públicas para as pessoas com TEA. “Atualmente, não temos dados oficiais sobre o número de pessoas com autismo no Estado e no Brasil. Temos um número de pesquisas internacionais, de que um em cada 54 nascidos possui Transtorno do Espectro Autista. Com a Ciptea, poderemos criar um banco de dados que nos dará informações mais próximas da nossa realidade”.

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Fontes:
https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2021/06/18/faders-lanca-carteira-para-identificar-pessoas-com-autismo-no-rs.ghtml
https://faders.rs.gov.br/carteira-de-identificacao-da-pessoa-com-tea-passa-a-ser-feita-no-rio-grande-do-sul

Diagnóstico para TEA na pandemia Covid-19

O afastamento do convívio social devido à pandemia (inclusive da vida escolar) pode gerar muitos prejuízos às crianças. Principalmente para aquelas que possuem algum atraso no desenvolvimento.

Isso acontece tanto pela falta de identificação dos sinais que a criança pode apresentar (intenção de diagnótico precoce), quanto na falta de estímulos que o ambiente inclusivo proporciona.

Como já sabemos, o Transtorno do Espectro Autista não é uma doença, porém é uma condição permanente que exige intervenção precoce com diversas terapias. Sendo assim, quanto mais cedo obtivermos o diagnóstico, melhor é para o desenvolvimento da criança.

A preocupação em ter o diagnóstico antes do 2 anos de idade, se dá pelo aproveito da neuroplasticidade que a criança possui, ou seja, com intervenção precoce o cérebro pode se moldar de uma maneira que ocorra menos impactos na vida do paciente, como suavizar esterotipias e estimular a fala por exemplo.

Com isso, o olhar da família e de pessoas do convívio da criança são extremamente importantes nesse momento de isolamento. É preciso ficar atento aos sinais que a criança apresenta na rotina diária para que rapidamente seja feita uma consulta ao neuropediatra.

Para os pequenos que já realizam intervenção, é preciso cuidado para que o distanciamento não tenha tanto impacto na evolução apresentada. É de extrema importância que se evite a interrupção das terapias para evitar a regressão do paciente.

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Fontes: https://noticias.r7.com/saude/pandemia-pode-atrasar-diagnostico-e-regredir-tratamento-de-autismo-06062021

Pais democráticos: Amor e limites

Psicólogos verificaram que crianças, em famílias amorosas e que orientam seus filhos com limites, apresentam:


✔️Apego segura
✔️ Autoestima elevada
✔️ Independência
✔️ Escores de QI mais altos na escola
✔️ Forte empatia
✔️ Comportamento altruísta

Estas crianças foram identificadas com pais que estão associados a padrões de paternagem democrático, que apresentam um afeto positivo, estabelecendo limites claros, esperando e reforçando comportamentos socialmente maduros e, ao mesmo tempo, respondendo às necessidades individuais da criança.

Os pais democráticos estão dispostos a disciplinar seus filhos adequadamente, conversando e orientando-os. Eles têm menor probabilidade de usar a punição física do que pais autoritários, preferindo, em vez disso, suspensões ou outras punições leves.

Referência: BEE, Helen, BOYD, Denise. A criança em desenvolvimento. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.

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