Usando a melodia como forma de vínculo

A melodia como forma de vínculo, mais conhecida como Leitmotif, teve seu início na música clássica com o compositor alemão Richard Wagner, que associava as melodias aos personagens que compunham o seu elenco.

Muitas áreas utilizam esta técnica, para uma maior fixação do que querem passar ao público.

Mas, qual a relação disto com sujeitos no Espectro autista?
Utilizar este recurso audiovisual, para associar situações do seu dia a dia com uma melodia que já é familiar para o sujeito, facilita a fixação da aprendizagem.

No vídeo, um registro de uma de nossas formações, com o nosso musicoterapeuta Roberto, estamos utilizando uma melodia que é de conhecimento da maioria e associando a rimas aleatórias, mas poderíamos também utilizar para organizar uma rotina.

Um cuidado importante é não infantilizar o momento, utilizando melodias de músicas infantis para adolescentes, por exemplo, pois mesmo sujeitos do espectro ele tem suas preferências e é necessário respeitar.

Seletividade Alimentar

Muitas famílias nos procuram para saber mais sobre este assunto, com questionamentos como:

Meu filho não quer comer
Não gosta de determinado alimento
Se recusa comer alimentos com cores, sabores ou texturas particulares
Tem pouco apetite
Enjoos diante de novos alimentos

Geralmente a seletividade alimentar surge em crianças maiores de 2 anos. É importante identificar a fase que ela aparece para começar cedo um processo de resolução, para que tudo passe da maneira mais tranquila possível.
Para melhorar esse momento de refeição e deixar tudo mais tranquilo, o ideal é inserir a criança na cozinha.

Deixe ela participar da preparação, explique sobre os alimentos, escolha uma receita atrativa e se possível nutritiva, incentive que ela prove diferentes alimentos e proporcione um momento de diversão.

Qual a importância da estimulação precoce

Entende-se a estimulação precoce (EP) como uma abordagem de caráter sistemático e sequencial, que utiliza técnicas e recursos terapêuticos capazes de estimular todos os domínios que interferem na maturação da criança, de forma a favorecer o desenvolvimento motor, cognitivo, sensorial, linguístico e social, evitando ou amenizando eventuais prejuízos


De acordo com Lima e Fonseca (2004), a plasticidade neural fundamenta e justifica a intervenção precoce para bebês que apresentem risco potencial de atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor. Isso porque é justamente no período de zero a 3 anos que o indivíduo é mais suscetível a transformações provocadas pelo ambiente externo.

 

Os primeiros anos de vida têm sido considerados críticos para o desenvolvimento das habilidades motoras, cognitivas e sensoriais. É neste período que ocorre o processo de maturação do sistema nervoso central sendo a fase ótima da plasticidade neuronal. Tanto a plasticidade quanto a maturação dependem da estimulação (BRAGA, 2014).

 

A estimulação precoce tem, como meta, aproveitar este período crítico para estimular a criança a ampliar suas competências, tendo como referência os marcos do desenvolvimento típico e reduzindo, desta forma, os efeitos negativos de uma história de riscos (PAINEIRAS, 2005).


Fonte: Diretrizes de estimulação precoce de crianças de zero a 3 anos com atraso no desenvolvimento neuropsicomotor.

Brincar para a criança brincar é a coisa mais séria do mundo, tão importante para o desenvolvimento quanto comer e dormir.

Homem aranha na piscina de bolinhas se refrescando, sabe por que?

É por meio do brincar e das brincadeiras com o próprio corpo, com o corpo do outro e com objetos, que a criança vai desenvolvendo todo seu repertório motor, sensorial, cognitivo, social e emocional(TEIXEIRA et al., 2003).

No brincar a criança inicia o seu processo de autoconhecimento, toma contato com a realidade externa e, a partir das relações vinculares, passa a interagir com o mundo.

O brinquedo torna-se instrumento de exploração e desenvolvimento das capacidades da criança.

Brincando, ela tem a oportunidade de exercitar funções, experimentar desafios, investigar e conhecer o mundo de maneira natural e espontânea, expressando seus sentimentos e facilitando o desenvolvimento das relações com as outras pessoas (KUDO et al.,1994).

Entendendo alguns transtornos relacionados a aprendizagem

Discalculia – Transtorno específico de aprendizagem com prejuízo no domínio da matemática
Dispraxia – Transtorno do desenvolvimento infantil caracterizado por dificuldades motoras – Dificuldade para planejar e coordenar os movimentos do corpo.
Dislexia – dificuldade para ler
Disfasia – Transtorno da linguagem oral – Dificuldade para falar ou usar palavras corretamente.
Disortografia – Transtorno de ortografia – caracterizada por uma dificuldade no nível da palavra, na organização de frases, do texto ou em todos esses.
Disgrafia – transtorno específico de aprendizagem que prejudica a expressão escrita e as habilidades motoras finas, provocado por um distúrbio neurológico associado à dificuldade para redigir letras e palavras.

Terminamos um ano letivo a pouco tempo e outro já se aproxima e os prejuízos na aprendizagem podem ir além de um simples ano atípico, podem estar vinculados a algum destes transtornos, já pensou nisso?

Agende uma consulta e ajude seu filho a superar suas dificuldades e amenizar suas sequelas.

Principais mudanças da CID 11 -Transtorno do Espectro Autista

Entrou em vigor, a partir de 01 de janeiro de 2022, a unificação do TEA (Transtorno do Espectro Autista) na CID-11 permitindo assim um diagnóstico e tratamento mais assertivos, especialmente se pensarmos na importância da intervenção precoce.

Mas o que é CID?

A sigla significa – Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde é a base para identificar tendências e estatísticas de saúde em todo o mundo e contém cerca de 55 mil códigos únicos para lesões, doenças e causas de morte. O documento fornece uma linguagem comum que permite aos profissionais de saúde compartilhar informações de saúde em nível global.

Quem revisa as CID’s?

A revisão para a classificação de doenças é feita a partir de novos dados e pedidos de revisões coletados pela Organização Mundial de Saúde – OMS
Com a revisão da CID 11 o TEA Transtorno do Espectro Autista foi incluído, conforme recomenda o Manual de Diagnósticos e Estatísticos dos Transtornos Mentais o DSM-5.

Autismo na CID-11:

6A02 – Transtorno do Espectro do Autismo (TEA)
6A02.0 – Transtorno do Espectro do Autismo sem deficiência intelectual (DI) e com comprometimento leve ou ausente da linguagem funcional;
6A02.1 – Transtorno do Espectro do Autismo com deficiência intelectual (DI) e com comprometimento leve ou ausente da linguagem funcional;
6A02.2 – Transtorno do Espectro do Autismo sem deficiência intelectual (DI) e com linguagem funcional prejudicada;
6A02.3 – Transtorno do Espectro do Autismo com deficiência intelectual (DI) e com linguagem funcional prejudicada;
6A02.4 – Transtorno do Espectro do Autismo sem deficiência intelectual (DI) e com ausência de linguagem funcional;
6A02.5 – Transtorno do Espectro do Autismo com deficiência intelectual (DI) e com ausência de linguagem funcional;
6A02.Y – Outro Transtorno do Espectro do Autismo especificado;
6A02.Z – Transtorno do Espectro do Autismo, não especificado.

Foram unificados e classificados como Transtorno do Espectro Autista e identificados pelo código 6A02, as subdivisões passam a estar relacionadas com a presença ou não de deficiência intelectual e/ou comprometimento da linguagem funcional.

Referência: https://neuroconecta.com.br/oms-lanca-nova-cid-transtorno-do-espectro-autista-integra-as-alteracoes/

O que diz a Teoria de Integração Sensorial

Três sistemas sensoriais são centrais na Teoria de Integração Sensorial: tátil, vestibular e proprioceptivo.

Tátil: Processa informações sobre aquilo que está em contato com a pele, a temperatura, a textura, informações vitais para nos proteger dos perigos.

Vestibular: Detecta a posição e o movimento da cabeça no espaço pela integração das informações dos receptores periféricos localizados no ouvido.

Proprioceptivo: É o sistema sensorial que permite ao indivíduo a localização, posição e orientação do corpo no espaço, reconhecer a força exercida pelos músculos e o movimento das articulações sem utilizar a visão.

Suas inter-relações começam a se formar antes do nascimento e continuam a se desenvolver à medida que a pessoa amadurece e interage com seu ambiente.

Embora estes três sistemas sensoriais sejam menos familiares do que a visão e a audição, eles são importantes para nossa sobrevivência básica e desenvolvem um papel fundamental no comportamento humano tanto físico quanto mental.

A avaliação e o tratamento de Integração Sensorial são realizados por terapeutas ocupacionais com formação em Integração Sensorial de Ayres.

Os objetivos gerais do terapeuta ocupacional são: prover experiências sensoriais, auxiliar a criança na inibição e/ou modulação da informação sensorial; organizar a criança no processamento de resposta mais adequadas aos estímulos sensoriais; e promover oportunidades para o desenvolvimento de respostas adaptativas cada vez mais complexas.

Buscando Terapia Ocupacional com Integração Sensorial de Ayres® para seu(a) filho(a)? Entre em contato com a nossa equipe: (51) 3372-0430

Fonte.: https://www.integracaosensorialbrasil.com.br/integracao-sensorial

6 Dicas de como estimular a fala com bebês

Converse bastante com o bebê.

Mantenha um ambiente com estímulos adequados, por meio de brincadeiras e exemplos. Os bebês aprendem através da observação e imitação.

Narre as atividades cotidianas. Um exemplo é a hora do banho, que pode ser acompanhada pela apresentação das partes do corpo.

Conte histórias e crie músicas para auxiliar, lembrando que quanto mais novas, menor é o tempo de concentração. Então não se estenda muito.

Mantenha contato visual com o bebê nos momentos em que estiver conversando e cantando para ele, pois ele também vai aprender com suas expressões faciais.

Atenção especial para alimentação, é importante apresentar diversas consistências e texturas, respeitando cada fase de sua evolução, para também estimular a musculatura, que é muito importante neste processo.

Quais destas dicas você realiza com seu filho?

Consulta pública da Conitec gera polêmica com eletroconvulsoterapia para autistas

A Secretaria-Executiva da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) esclarece que na proposta de atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) do Comportamento Agressivo no Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) não há a recomendação para o uso da eletroconvulsoterapia (ECT) e estimulação magnética transcraniana (EMT). Trata-se de um documento preliminar demandado para avaliação da Conitec, instância responsável pelas recomendações sobre a constituição ou alteração de PCDT, além dos assuntos relativos à incorporação, exclusão ou alteração das tecnologias no âmbito do SUS. Cabe destacar que a consulta pública é uma importante etapa de revisão externa dos PCDT e as contribuições da sociedade serão consideradas para elaboração da proposta final do texto.

Conforme consta no Relatório de Recomendação disponível em Consulta Pública (p.25), “Não há recomendação para o uso dessas alternativas (ECT e EMT) em nenhuma das diretrizes clínicas internacionais consultadas. É importante ressaltar que a evidência é ainda muito incipiente e que essas opções são reservadas a casos graves e devem ser avaliadas por uma equipe especializada, não sendo recomendadas por este Protocolo”.

A proposta de texto pode ser acessada aqui.

O processo de avaliação de tecnologias em saúde compreende etapas como a elaboração de relatórios sobre aspectos clínicos, epidemiológicos e de diagnóstico da condição clínica avaliada; a busca por evidências científicas; análises de risco; avaliações econômicas e de impacto orçamentário; avaliação das tecnologias em outros países, além da análise qualitativa e quantitativa das contribuições encaminhadas por meio da consulta pública para serem discutidas no Plenário da Conitec, com vistas à deliberação final.

Fonte:http://conitec.gov.br/nota-de-esclarecimento-sobre-proposta-de-atualizacao-do-pcdt-do-comportamento-agressivo-no-transtorno-do-espectro-do-autismo-tea-em-consulta-publica

Modelo Denver e 5 eixos de intervenção

Orientação social: Treinar a criança a identificar rostos, expressões faciais e corpo.

Linguagem social e contextual

Jogo social: Atividades que tem como intenção fazer a criança do espectro se colocar no lugar do outro.

Jogo simbólico: a criança vai aprender a brincar não só com parte dos brinquedos e de forma fragmentada.

Redução de deficiências iniciais: Sendo estas motoras, sociais, de linguagem e adaptabilidade a regras e rotinas

É um modelo de intervenção precoce intensivo, que tem como foco a intervenção precoce nos atrasos, ou seja, naquilo que a criança mais precisa, a partir de vários componentes.

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